sexta-feira, 31 de maio de 2013

Um sonho de vestido...

A mulher vem evoluindo perante a sociedade e o vestido de noiva acompanha esta evolução, mas o sonho de se trajar de princesa, no dia “D”, ainda permanece sólido. 

Modelo: Janaina Bartkiw
 Por: Angélica Fonseca

Que noiva não fica indecisa na hora de escolher? É talvez a escolha mais difícil que ela tem a fazer.  Pois, a escolha não respeita o vai-e-vem da moda, apenas  obedece, acima de tudo, o estilo de cada uma, levando em consideração o seu tipo físico, o horário da cerimônia, as estações do ano e o tamanho da igreja ou o ambiente onde será realizado o casamento. Um vestido de noiva também é criado levando-se em considerações as lembranças registradas em imagens de fotografias e vídeo.

Os profissionais, que trabalham diretamente com as noivas, contam que geralmente a elas chegam com a ideia do que realmente quer, mas nem sempre essa ideia se transforma em um bom resultado. O importante para nós é respeitar o estilo próprio de cada uma delas, e criar um modelo dentro do que ela imagina, valorizando o seu tipo físico, mas com o toque especial nosso. Sofisticado ou simples, não importa. Estilo e bom gosto são tudo que uma noiva precisa para brilhar no seu casamento. Seja, realizado num castelo ou num ambiente singelo, a escolha do vestido perfeito é que vai eternizar este momento.

A maioria deles inspira-se em modas passadas para suas coleções de alta-costura e prêt-à-porter, e acabam dando um referencial histórico para o estilo de noivas atuais. Mas, para chegar a um bom resultado é necessário um diálogo franco com seu costureiro, desde o começo, que surgirá uma harmonia, para a qual os complementos – véu, grinalda, buquê, brinco, cabelo, maquiagem e sapatos – não destoem do vestido, para não haver uma poluição visual. Por isso, cabeleireiros, maquiadores e floristas devem entender as coordenadas do estilista para a finalização do seu look.

Evolução do vestido de noiva

A história dos costumes mostra que as mulheres escolhiam o melhor vestido que tinham no guarda-roupa para seu dia de sonho. Nas classes mais abastadas, ao fazerem um novo, este seria aproveitado para outras ocasiões.

Nas famílias de grandes posses, a escolha do vestido tornavam muitos deles fantasiosos pela exuberância dos detalhes. Usavam muitas rendas, tules debruados de pérolas, barras plissadas e sapatos de cetim ricamente bordados.

A primeira mulher a se vestir de branco com flores de laranjeiras foi Maria I, Stuart (1542-1587), rainha da Escócia. Mas só no século XIX, com o casamento da rainha Victória, da Inglaterra, que a cor branca tornou-se a preferida das mulheres e passou a simbolizar a castidade e a pureza.


Com o passar dos anos as celebridades mundiais continuam ditando a moda.


1845
Em 1845 – O vestido da Rainha Victoria resgatou o costume dos trajes brancos. Foi confeccionado em cetim e riquíssima renda, iniciando a tradição dos véus de família e as grinaldas com flores de laranjeira na forma de coroa, As mangas com fita nunca saíram de moda.

1929
1929 – A atriz Louise Brooks usou este vestido num filme. O modelo foi publicado na Vogue americana. De linha melindrosa, de bainha assimétrica, feito em renda e crepe-cetim, marcou as noivas da época. O buquê com guias arrematadas por rosinhas se tornou um clássico.

1939
1939 – Vivien Leigh, como Scarlett O’Haara vestida de noiva no filme “...E o vento levou”, cuja ação transcorre em 1861, usou uma criação do figurinista W. Plunkett. A aplicação de folhas quase soltas inspirou as noivas de casamentos mais pomposos noa anos 40.

1947
1947 – A pricesa que se tornaria rainha Elisabehh II da Inglaterra vestiu um traje de Norman Hartnell. O decote e os bordados em fio de prata foram repetidos por noivas do mundo inteiro, bom como a forma do diadema e o buquê redondo combinando com o desenho dos bordados.

1949
1949 – Rita Hayworth, quando casou com o príncipe Ali Khan, vestiu-se com Jacques Fath, de azul claro em crepe de seda plissado. Tinha na mão um lencinho. O chapéu foi inspirado em Scarlett O’Haara. Noivas não muito jovem imitaram Rita, fugindo do tradicional véu-e-grinalda.

1953
1953 – Jacqueline Bowvier Kennedy foi uma noiva primaveril. Seu vestido era de tafetá com tomas formado linhas curvas. As mangas curtinhas e o cinturão também em tomas fazia parte da moda dos vestidos de baile no início dos anos 50. A pompa estava no véu de renda bordado.

1956
1956 – Grace Kelly foi uma noiva clássica, a cabeça com um toucado na linha elisabetana, cabelos presos. A figurinista Helen Rose, que a vestia em Hollywood, criou o traje em seda pura e renda racine. Os botões coberto repetem-se na manga justa. Buquê artificial.

1966
1966 – Farah Diba foi noiva das mil e uma noites, vestida por Christian Dior. Um mantô decotado com bordado em pérolas e brilhantes acompanhado a grande cauda. Vestido, no mesmo crepe cetim, mais leve. Diadema de brilhante e véu de tule. Buquê de flores naturais.

1981
1981 – A princesa Diana escolheu dois jovens londrinos, Elizabeth e David Emanuel, para fazer seu vestido. Inspiraram-se no traje da Rainha Victoria para criar o modelo de cetim com babadinhos e renda. O farto véu era preso no diadema de brilhante.

1996
1996 – Carolyn Bassette, ao casar com John-John Kennedy optou pela linha clean num modelo de verão, em crepe de seda marfim e estola de musselina para cobrir os ombros na igreja. O estilista foi Narciso Rodriguez e o traje, milhares de vez copiados por confecções.

2011

2011 - Kate Middleton escolheu a diretora da Alexander McQueen, Sarah Burton  para desenhar o seu vestido. O vestido tem um corpete bordado, apliques, saia evasê e véu em tom pérola. O véu de 2,70 m de comprimento foi preso por uma tiara  Cartier, encrustada de diamantes, emprestada pela rainha Elizabeth II.  Um detalhe do vestido que chamou a atenção foi à renda, cheia de rosas, narcisos e trevos, feitos à mão pela Escola Real de Bordado - estes são símbolos da monarquia britânica.

Extraído do Livro: Casamento & Etiqueta (Célia Ribeiro).